por ABM (14 de Abril de 2010)
No restaurante Macdonald’s na marina de Vilamoura no fim de semana passado, comprei um daqueles menús de galinha com batatas fritas e Coca-Cola Zero.
Quando me sentei a comer, li no copo a instruções acima, a explicar … como beber a Coca-Cola através da palhinha.
Como estava no Algarve, as instruções vinham primeiro em espanhol, e passo a citar:
1º Coger la pajita
2º Poner la pajita en la bebida favorita
3º Llevar a la boca y disfrutar de una sensación refrescante
Assim, se e quando o exmo Leitor for a Espanha ou ao Algarve e beber algo no Macdonald’s, já sabe como é que se faz.
Cuidado que o Macdonald’s NÂO TINHA instruções em como tirar a cobertura de plástico da palhinha, o que me causou sérios problemas. Então, para que tudo corra bem, sugiro o seguinte procedimento complementar:
1º Coger la pajita
2º Segurar la pajita entre los dientes numa extremidád, entonces que segura la otra extremidád com las manos con alguna fuerza
3º pujar el plastico que cobre la pajita con los dientes imientes que segura la otra extremidád
4º cuspir el plastico de la pajita (si es espanhol, para la prateleira, si es portugés, para el chán pués que tán poco aqui ninguém si impuerta)
Fiquei confuso! Mas afinal qual é a função da palhinha se é o copo que devemos levar à boca ? É que para além de desfrutares « de uma sensação refrescante » poderás ainda ter a dita palhinha espetada no olho! Segue as instrucções e processa o McDonalds, que em terra de cegos quem tem olho é Rei!
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Comentar por MFM — 14/04/2010 @ 7:24 pm
Sr Sra MFM
Tem razão. A instrução original deveria referir no nº 3 “llevar la pajita a la boca”.
Pela instrução dada de facto não se vai lá…
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Comentar por ABM — 14/04/2010 @ 8:43 pm
ehehehehe, ao que “isto”chegou. Adorava ouvir o que o meu prof. de História da Gen. Machado diria acerca de uma coisa destas. Esse NUNCA se deverá ter “saramaguisado”…
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Comentar por Nuno Castelo-Branco — 14/04/2010 @ 8:45 pm
Sr NCB
Imagino que o José Saramago faria excelentes instruções ibéricas para a Macdonad’s. Indubitavelmente, seria um Nobel da rotulagem industrial.
Os nossos profs da General Machado, esses, bradariam aos céus.
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Comentar por ABM — 14/04/2010 @ 8:50 pm
Eu penso de que deve de ser uma antevisão da tenebrosa CIA sobre o futuro!
Os 2 idiomas são apenas para a fase de transição.
O imperialismo tem sempre uma carta na manga.
Parabéns Sr. ABM por estes momentos lúdicos, embora com laivos de tragicomédia.
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Comentar por umBhalane — 14/04/2010 @ 10:41 pm
O copo só dava para encher uma vez???????
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Comentar por Pedro Silveira — 15/04/2010 @ 1:12 am
a verdade é que a promocao do turismo em Portugal deveria de ser assunto prioritario na lista do Estado Portugues, contudo parece que se esquecem que todas as nacionalidades falam linguas diferentes mas o Euro fala uma só enfim venham os Espanhois, Gregos, Troyanos, who cares? bring on the Euro to the Algarve that is all we care about and show us the money as they say.
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Comentar por Margarida — 15/04/2010 @ 4:03 am
Muito engraçado. E então analisado e comentado pelo ABM é do melhor que há, obrigada, ainda parei para rir um bocado!
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Comentar por Rita Branquinho — 15/04/2010 @ 5:12 pm
“pajita” é um termo polisémico em espanhol, mas o significado que a você seguramente se lhe oculta não é de bom gosto dizer aqui.
Isto a seguir é possível que tambem não: recensón urxente ao Caderno de memórias coloniais
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Comentar por anxos — 15/04/2010 @ 7:14 pm
D Anxos
Benvinda a esta casa. O seu blogue é escrito em galego? fiquei parvo como percebia o que estava lá escrito, não sendo nem castelhano nem português corrente.
Não faço ideia de que ao que se refere, mercê do carácter restritivo do tópico da tal pajita do Macdonald’s e do meu parco e funcional conhecimento da língua castelhana.
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Comentar por ABM — 15/04/2010 @ 7:49 pm
É galego, sim senhor.
O da “pajita” –em espanhol– não tem maior importáncia, seria um uso muito fora de contexto, mas foi engraçado ler “pajita” por aquí e “pajita” por alá… pronto, seguro que ninguem precisa agora essa acepção.
E por certo, ando despistada: este blog cambiou de mantedor? Já não está o JPT?
Saúdos
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Comentar por anxos — 15/04/2010 @ 8:52 pm
Sra Anxos
O Senador JPT é a mão invisível, omnipresente e cadenciadora desta casa. Nunca lhe chamámos Mantedor mas até ficava bem. Deve estar a beber um cafézinho mas já volta. Volta sempre. Só respondi porque fui eu que bebi a Coca Cola lá em cima…
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Comentar por ABM — 15/04/2010 @ 8:59 pm
Mmmmm, que interesante, o meu blog não dá para ter empregados/colaboradores. Eu mantenho, eu fago limpeza, eu tudo! É, verdadeiramente, trabalhoso. Bom, minto: tenho ao Xebe d´Afrei que me solta uma foto, graciosamente, de quando em quando. E nota-se!
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Comentar por anxos — 15/04/2010 @ 9:27 pm
Anxos ainda por cá ando – e é um gosto saber que ainda por cá vais passando. Só que já não sou “mantedor”, por cá a gente vai-se mantendo-se. Colectivizámos as machambas.
Fui atrás da sua ligação ao seu blog – a qual, contrariamente ao que diz, não tem ponta de mau gosto. Ainda bem que a fez (picardia integrada, penso, mas não faz mal nenhum, pelo contrário).
Sobre o livro em causa acho que já aqui se falou o bastante. Sobre os mecanismos sociopolíticos da sua recepção também. Não me vou repetir muito (apesar da sua picardia), mas gostaria de referir algo que o seu texto ecoa. A de que a má recepção ao livro é dos defensores do estado de então, ou como Eduardo Pitta escreveu no texto laudatório publicado também no Da Literatura “os do outro lado da cidade”. Esta bipolarização é falsa, é pobre, é medíocre. É surpreendente em quem conheceu o contexto histórico, é surpreendente em quem faz dos livros a sua vida (ou parte). Não significa nada a não ser fenómenos de grupo.
Sobre o livro em causa, e em particular sobre os mecanismos de recepção, proponho-lhe que leia um recente post de alguém por quem tenho admiração e amizade: Francisco José Viegas no seu Origem das Espécies publicou há poucos dias um longo post dedicado ao “congresso do PSD”. Quem o ler perceberá imenso parte do bruaaá (pobre, intelectualmente pungente) em torno do livro – e algo que nada tem a ver com o PSD, como é óbvio.
Cumprimentos, até breve
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Comentar por jpt — 16/04/2010 @ 1:44 am
Fico impresionada com a colectivização da ma-schamba e penso en todas as possibilidades que a polifonia pode dar.
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Comentar por anxos — 16/04/2010 @ 4:54 pm