THE DELAGOA BAY REVIEW

17/10/2010

A IMPRENSA E A REVOLUÇÃO DA FRELIMO

Segundo os meus camaradas do Feicebúque, esta é realmente uma fotografia histórica do jornalismo moçambicano após a Independência. Parece que foi tirada em 1976. E aqui está a Nata: Carlos Cardoso, João Machado da Graça, António Souto, Mia Couto, Ricardo Santos, Calane da Silva, Almeida Henrikes, Luis Lemos, Fernando Rebelo, Luis Souto, Augusto Casimiro, Rui de Oliveira, Murilo Sales, Abel Faife, Dimas, Mendes Oliveira, Waddington, Mafuiane, Jojó, Marcos Cuembelo, Ricardo Rangel, António Fonseca, Beatriz Rangel, Albino Magaia, João Santa Rita, Ian Christie, Luisa Alcântara, JP Branquinho, Rui Agnelo Sousa, Lico, Nanda Gomes, Luis Clemente, Graça Felner, Orlanda Mendes, Tozé Alves Gomes, Maria Adalgisa, Sol de Carvalho, Leite Vasconcelos, Luis David e Areosa Pena. Isto entre os que se reconhecem. Tudo na mesma sala.

por ABM (17 de Outubro de 2010)

Estou a meio da leitura de um livro que comprei há sete anos em Nelspruit (Mmmmmmbombéélááá!) na Exclusive Books e que depois ficou este tempo todo por ler, metido dentro de um caixote em Alcoentre City. Este é em inglês e foi escrito pelo Paul Fauvet (hoje sénior qualquer-coisa na AIM mas que na altura da foto em cima ainda não estava em Moçambique) e pelo Marcelo Mosse (hoje uma das grandes mentes de Moçambique e creio que estes dias coordenador do CIP, mas que na altura da foto em cima ainda devia estar a jogar ao berlinde).

O livro que estou a ler (Cape Town: Double Storey Books, 2003) chama-se Carlos Cardoso: Telling the Truth in Mozambique [Carlos Cardoso: Dizendo a Verdade em Moçambique]. Quando o comprei, o conhecido jornalista de Moçambique, que tem página na Wikipédia em inglês mas não em português (hum) havia sido assassinado há três anos e se me recordo do que me diziam, parecia que toda a cidade de Maputo sabia que tinha sido o saudoso Nimpini a mandar e o Anibalzinho a fazer mas, mas, mas, mas….. sabem como são as coisas.

Mas a verdade é que já vou na página 227 (o livro tem 356 páginas) e o Carlos ainda está vivo e valentemente à estalada via o Mediafax com um ministro chamado Manuel António, que Joaquim Chissano, depois do que parece ter sido uma eternidade de asneiras (é o que dizem Fauvet e Marcelo que dizia Carlos) substitui por Almerino Manhenje.

O livro na verdade são dois: uma primeira parte que não acaba, escrita pelo Paul Fauvet, e uma segunda parte que refere ter sido escrita pelo Paul e pelo Marcelo.

Pelo menos da leitura da versão inglesa, a escrita é quase exímia. Paul tece bem o fio à meada e conduz o leitor num percurso temporal e modal inteligível.

Não me querendo antecipar, pois assim não tem graça, do que li até agora, o tema é outro.

Mais quando eu acabar de o ler e fazer alguma pesquisa.

12 comentários »

  1. tb reconheço o Mota Lopes (já morreu)

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    Comentar por cg — 17/10/2010 @ 11:01 pm

    • Quem aparece na foto é o Migueis Lopes Jr. que era conhecido, entre os amigos, por Lico e, como tal, está identificado na legenda.

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      Comentar por Machado da Graça — 28/07/2012 @ 4:41 pm

  2. ABM, é que nem de propósito.
    Hoje já escrevi duas vezes o nome de Carlos Cardoso, três o de João Machado da Graça, quatro o de Mia Couto, uma o de Sol de Carvalho, uma o de Leite de Vasconcelos.
    E agora vou continuar pois o Ma-schamba já me desviou várias vezes do teclado formato word.
    Uma boa semana.

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    Comentar por VA — 17/10/2010 @ 11:08 pm

  3. VA (IVA)

    Espera aí, espera aí, espera aí!

    O que é que estás a fazer para dizeres isso?

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    Comentar por ABM — 17/10/2010 @ 11:14 pm

  4. Em Janeiro farei chegar aos veneráveis ma-schambeiros cópias autenticadas e autografadas. 🙂

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    Comentar por VA — 17/10/2010 @ 11:24 pm

  5. Nota marginal: Não me parece uma assembleia muito entusiasmada.

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    Comentar por ERFERREIRA — 17/10/2010 @ 11:29 pm

    • Muito provavelmente estávamos a ouvir alguém chamar-nos “esquerdistas” Era moda naquele tempo…

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      Comentar por Machado da Graça — 28/07/2012 @ 4:43 pm

  6. Eu gostaria de chamar a atenção, até excêntrica a esta entrada, para o interesse do mural da Terezinha Moreira de Carvalho no Facebook, pejada de fotos actuais sobre Maputo. A TMC é a etnógrafa da transformação maputense deste final de década. Infelizmente encerrou-se no circuito Facebook (apenas os “amigos” – e há muitos essencialistas que ainda acham que “amigos” na terminologia facebook significa “amigos” – têm acesso). Digo isto porque já lhe disse isto. O material que a tcm coloca no fb é matéria para estudo e para livro. E para as pessoas lá irem ver, já agora

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    Comentar por jpt — 17/10/2010 @ 11:40 pm

  7. Sr ER Ferreira

    Sabe que a minha primeira reacção (quando vi esta foto pela primeira vez não conhecia um nome ali excepto o do Carlos Cardoso) foi 1. tantos brancos, 2. parece que estão a levar um raspanete de alguém.

    Jpt

    Não conheço a Sra pessoalmente mas das três linhas monofrásicas com que me agraciou já deu para perceber que ela dava para escrever dez volumes sobre o tópico acima. Ela e mais meia dúzia. Eu pus-me de joelhos e pedi ajuda mas vamos ver.

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    Comentar por ABM — 17/10/2010 @ 11:51 pm

  8. Por outro lado, não devemos esquecer (eu estava nessa época em Luanda) que a “autocrítica” era uma instituição revolucionária. É, pois, muito provável, ABM, que a assembleia esteja combalida com o tamanho dos erros.

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    Comentar por ERFERREIRA — 18/10/2010 @ 12:38 am

  9. Não faço ideia de qual era a ocasião. Perguntei, mas ninguém com quem falei se lembrava.

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    Comentar por ABM — 18/10/2010 @ 12:54 am

  10. Identifico também o Teodósio Mbanze e o Guilherme Afonso. Sem tanta certeza o Jorge Salvador e o Agostinho Chirrime.

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    Comentar por Machado da Graça — 28/07/2012 @ 4:47 pm


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