THE DELAGOA BAY REVIEW

19/10/2010

SAMORA MACHEL: A HISTÓRIA EM FOTOGRAFIA

A imagem do primeiro presidente idealizada, estilo "Grande e Querido Líder"

por ABM (19 de Outubro de 2010)

Há muita gente que já não se lembra bem de Samora Machel, e a maior parte dos moçambicanos hoje já nasceu depois dele morrer. Eu, por exemplo, nunca o conheci.

Em seguida, imagens que retratam o segundo presidente da Frente de Libertação de Moçambique e o primeiro presidente de Moçambique. Legendas de ABM.

Então cá vai.

Samora na Tanzânia, a base de operações da Frelimo, com Valeriano Ferrão e o filho dum apoiante do movimento. Valeriano mais tarde foi o primeiro embaixador moçambicano nos Estados Unidos da América, onde o conheci. Através da Ndjira, escreveu um livro sobre a sua experiência.

Josina Machel. Foi a primeira mulher oficial de Samora. Bonita. Morreu durante a guerra da Independência. Santificada pelo regime, deram o seu nome ao velho Liceu Salazar em Maputo.

Samora o Senhor da Guerra, já antes da estranha morte de Mondlane e a depuração que se seguiu. A "Frente" deixou de ser uma frente e passou a ser politicamente uma - e marxista-leninista.

Com o seu fato de El Comandante, Samora discursa no mato (não sei a quem).

Após a morte de Eduardo Mondlane, e com o apoio de Marcelino dos Santos, Samora despacha a oposição.

Socialista e sem qualquer margem negocial, Mário Soares entrega as chaves da casa a Samora em Lusaka, 7 de Setembro de 1974. Fez-se da data um feriado nacional.

A Independência em Junho de 1975 foi uma espécie de orgasmo colectivo. A Frelimo mandava, e Samora mandava na Frelimo. E a sua palavra de ordem? "A Luta Continua". As acções: despachar os colonialistas, controlar as cidades, libertar a Rodésia e a África do Sul. Resultado: a economia desmoronou-se e a Rodésia começou a desfazer Moçambique.

O povo a caminho de (mais) um comício. Os moçambicanos veneravam o seu líder, em quem confiavam para lhes trazer um novo futuro. Dizia-se que cada vez que discursava eram mais três aviões de colonialistas a voar na Tap para Lisboa. Mas o povo adorava, especialmente quando ele dizia; "é ou não é?" (a resposta colectiva: "ééé´...")

As Forças Populares de Libertação de Moçambique, os novos Donos da terra. Em Maputo, entre outros mimos, batiam à porta das pessoas às 5 da manhã e mandavam-nos ir varrer as ruas.

Ian Smith, primeiro-ministro da Rodésia até 1980. Abandonado pelos sul-africanos logo em 1975, respondeu à decisão de Samora de constituir Moçambique como santuário para a Zanu-PF com uma guerra. Num dos primeiros ataques, uma base perto da Beira, os rodesianos mataram mais gente num fim de semana que os portugueses num ano de guerra. E a situação só piorou.

A senhora que se segue: Samora casa com Graça Simbine, uma discreta chope, hoje a grande Graça Machel.

Samora o Presidente. Com os rapazes, posando para a posteridade.

O Presidente no palácio, em família, num intervalo de pausa.

O carisma de Samora era apercebido como 80% da força do regime. Até 1984.

A deusificação do Líder. Aqui, Samora com Eduardo Mondlane, liderando a gloriosa luta do povo moçambicano.

Samora e Julius Nyerere com as respectivas. Nyerere, Fidel e Stalin parecem ter sido as grandes inspirações de Samora.

Nujoma, Kaunda, Samora, Nyerere, Mugabe e, segundo o nosso leitor Sr. Jongomoz, José Eduardo dos Santos: A aliança chamada "Países da Linha da Frente". Contra a África do Sul.

Nujoma, Samora, Kaunda e Mugabe. Dos quatro países, só Moçambique foi dizimado, primeiro pelos rodesianos e depois pelos sul-africanos e pela Renamo. Angola era outra loiça.

Samora o Estadista africano na Cortina de Ferro. Até quis entrar na COMECON (não foi aceite). Aqui com um dos seus ídolos, Fidel Castro.

Samora o Estadista, outra vez com Fidel (não sei quem é o sr, à esquerda).

O líder mundial: Samora com Chou en Lai, o homem forte da China após a morte de Mao em 1976.

Samora na Roménia com o ditador Ceaucescu: a amizade socialista foi essencialmente um gigantesco fiasco. Em Maputo, havia um novo tipo de apartheid: a praia dos americanos, a praia dos russos, a praia dos alemães da RDA, etc.

Samora dá uma palmada nas costas de Yasser Arafat, líder guerrilheiro palestino. A amizade entre os Libertadores.

O Presidente, de farda militar numa visita à Alemanha comunista, dá uma dose de charme a uma alemã gorda. Curiosamente, a sua visita a Portugal nos anos 80 foi nada menos que triunfal.

O Presidente, num momento de descontracção. Em 1983, Samora já se tinha apercebido no buraco em que Moçambique se tinha metido. Os sul-africanos demoliam o país e os apoios de Leste eram insuficientes. Estava encostado contra a parede.

Samora solitário. Em 1983, dá-se a grande viragem no homem, que chocou e alienou a liderança da Frelimo e de quase todos os líderes com quem estivera: introduzir práticas "capitalistas" e assinar um tratado de paz com Pretória. Era a negação de tudo o que havia sido feito em dez anos. Mas ainda era o chefe indisputado dos moçambicanos.

O impensável acontece: Samora, com a sua farda, assina um tratado de paz e não agressão com o Velho Crocodilo. Mas a máquina do apartheid já estava fora de controlo e não ligou ao papel assinado. Em Maputo, em surdina, as dúvidas eram mais que muitas.

Samora em Komatipoort, a dez quilómetros de onde viria a morrer dois anos e meio depois. Aqui com Graça, Botha e Pik (um notório bêbado e ministro dos negócios estrangeiros de Pretória). O pacto fracturou perigosamente a unidade na elite da Frelimo. Mas os efeitos da guerra eram piores.

O Impensável 2: Samora na Casa Branca com Ronald Reagan, o arquitecto do fim do Comunismo. Sem qualquer margem de dúvida, a ideologia do Regime foi posta de lado por Samora. Mas nem assim a África do Sul e a Renamo pararam. Para o encontro com Reagan, que já estava com indícios da doença de Alzheimers, avisaram Samora para dizer o que tinha a dizer de importante nos primeiros cinco minutos, senão Reagan esquecia-se.

O Charlie-Nine-Charlie-Alfa-Alfa. O avião presidencial despenha-se na noite de 19 de Outubro de 1986. Samora, que estava sentado na frente do avião, morre. Foi sucedido por Joaquim Chissano, que exigiu um avião e tripulação que não fossem russos. No 5º Congresso da Frelimo em 1989, o da Volta dos 180 graus, o comunismo foi abandonado. Chegou a Era do capitalismo cortesia do FMI e dos Doadores. E os Empresários de Sucesso. E, segundo Carlos Cardoso, a Corrupção à escala industrial.

36 comentários »

  1. Samora seria diferente de Guebuza?

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    Comentar por Jota Pequeno — 19/10/2010 @ 10:20 pm

    • Nunca , perfil completamente diferente e sem o carisma do Pres. Samora Machel que o caracterizava de sobremaneira ! ABM não É?

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      Comentar por Rufina Bexiga — 03/09/2011 @ 9:03 pm

  2. Excelente reportagem fotográfica. Os meus cumprimentos, ABM, por ter apanhado o essencial da história moçambicana-macheliana. Incluso a sua tragédia.

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    Comentar por ERFERREIRA — 20/10/2010 @ 3:28 am

  3. Sr j

    Não há comparação possível.

    Sr ER Ferreira,

    Obrigado. Isto é apenas uma brevíssima crónica, um esboço possível com base nas fotos que tinha, para assinalar em parte o 24º aniversário da sua morte. E as fotos eram o fio condutor. Naturalmente este é um assunto que dava panos para mangas. Poucos se atreveram até agora a fazer um trabalho biográfico decente sobre Samora Machel. Ao longo dos anos, fui apanhando bocados aqui e ali e desenvolvi uma visão dos factos e dele. Mas creio que falta saber muito mais. Uma boa parte do problema é que aqueles que o rodeavam e realmente o conheceram, ou não falam, ou bajulam. E assim não se vai a lado nenhum.

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    Comentar por ABM — 20/10/2010 @ 4:30 am

  4. Parabéns.
    Um belo trabalho.
    Os meus parabéns.

    João Neves

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    Comentar por João Neves — 20/10/2010 @ 1:29 pm

  5. Estes comentarios do autor ABM deixam mto a desejar…

    Pik (um notório bêbado e ministro dos negócios estrangeiros de Pretória)..

    (pobre e mal agradecido, vai um copo sr autor??)

    Para o encontro com Reagan, que já estava com indícios da doença de Alzheimers, avisaram Samora para dizer o que tinha a dizer de importante nos primeiros cinco minutos, senão Reagan esquecia-se…

    ( se calhar este autor é que precisa de tratamento)

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    Comentar por a.rodrigues — 22/10/2010 @ 5:25 pm

  6. Creio que a cronologia mostrada é perfeita. Mas haveria ainda muitas mais coisas a mostrar, sobre tudo em relação ao período 1976-1981 (anos de chumbo) a saber: intentona da guarnição da Matola; as bichas e as ofensivas políticas e organizacionais; os fuzilamentos e chicotadas públicos; a operação Produção; O recenseamento geral da população de 1980; a ida de moçambicanos em massa para Cuba e a RDA; O 20/24; a emulação socialista pela INOVAÇÃO e RACIONALIZAÇÃO industriais e não só; as lojas só para os diplomatas, mais tarde transformadas em Lojas Francas; os incidentes com o Malawi de Kamuzu Banda que antecederam a morte de Samora Machel ( o famoso discurso do “Banda no meu sovaco”); a independência do Zimbabwe e o desfile triunfal dos 200 guerrilheiros da FRELIMO do aeroporto até ao quartel da Sommerschield. Etc.

    Isso está tudo registado nos arquivos do ex-INC, mas também de alguns media e até jornalistas decanos moçambicanos.

    História viva!

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    Comentar por jingomoz — 23/10/2010 @ 10:24 am

  7. A primeira fotografia não existe, se já houvesse Fotoshop, talvez pudesse.

    No foto da Linha da Frente o “desconhecido” é notoriamente o José Eduardo do Santos.

    Quanto ás legendas, são meramente a opinião do seu autor. Não vejo “deus” algum, num homem “terra à terra”, vejo algum rancor, mas também, é só a minha opinião.

    Quanto à “perfeição” da sequência de fotos/desenhos, não vejo qualquer coerência, nem “fio à meada”, uma “salada russa”. Mas hà muito “pano para mangas”.

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    Comentar por Mzonga — 25/10/2010 @ 12:03 am

  8. Sr Jingomoz

    Grato pelos seus apontamentos.

    A primeira “imagem” não é uma fotografia, é uma pintura. Creio que se vê à milha.

    Não reconheci JES, conheço a sua fisionomia mais recente, que é mais magro. Adicionarei o nome, pois creio que tem razão.

    As legendas são tão meramente a minha leitura dos factos, tais como os seus comentários e perspectivas serão meramente os seus comentários e perspectivas. Se e quando quiser, abra um blogue e diga de sua justiça. Este fui eu que fiz e aqui digo o que eu achar. Se não concorda, ilumine-me com a sua sabedoria. Sou particularmente aberto aos factos e à sua análise.

    E tem razão. Identificam-se invariavelmente sentimentos no que se escreve quando se escreve porque se quer. Quem não os tem se calhar não tem lugar na escrita.

    E acho que confundiu rancor com pena. E isso não é a minha opinião: estou-lhe a dizer.

    O objectivo da sequência foi assinalar parte do percurso de SM no dia em que completaram 24 anos desde a sua morte. Eu acho que até tem muito fio à meada. Se quiser saber a sua biografia em completo, não é aqui que a vai encontrar certamente. Não é em mil palavras e uma dúzia de fotografias.

    Agradeço ter gasto o tempo de fazer este contacto.

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    Comentar por ABM — 25/10/2010 @ 12:37 am

  9. Confirmo que na foto dos “Paises da Linha da Frente” o “desconhecido” à direita é José Eduardo do Santos. Samora não sabia fazer melhor e todos sabiam disso. Andou agachado à “foice e ao martelo” e expulsou quem podia aguentar e amava Moçambique. E depois ficou surpreendido? Afinal todos no mundo são uns colonialistas, não é? ééé..
    Mas quem de facto destruiu Moçambique foi quem lhe entregou as chaves.

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    Comentar por VLUISBAR — 28/10/2010 @ 6:18 pm

  10. Sr VLuisBar

    Agradeço a confirmação e o comentário desportivo.

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    Comentar por ABM — 28/10/2010 @ 6:55 pm

  11. É lixo, ABM, é esse lixo que não tenho paciência. Eu não tenho paciência nem respeito para o choradinho dos vluisbares.
    Não é uma questão de democracia, um blog não é um orgão de comunicação social, com obrigações deontológicas (e legais). É uma coisa pessoal. O choradinho colonial do “malandros” que destruíram o país que nós amámos é um lixo que não me entra, mesmo. Não vou repetir aqui porquê. Nem tenho tempo nem paciência e tenho um blog de sete anos cheio disso, vão ler se querem conversa. Hã imensos chats, blogs, sites, associações e choraminguices do género. Suca.

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    Comentar por jpt — 28/10/2010 @ 8:02 pm

  12. Jpt

    Agradeço. Talvez assim o leitor de cima desapareça de vez e os seus pontos de vista não te incomodem mais.

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    Comentar por ABM — 28/10/2010 @ 8:21 pm

  13. Ele é a minha inspiração e é óbvio que agradou-me.

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    Comentar por António Andicene — 07/11/2010 @ 2:55 pm

  14. Julgo que os comentários para o Sr Jingomoz são para mim.

    Os meus comentários foram às imagens (mil palavras cada), às legendas e aos comentários já feitos, uns críticos outros favoráveis.

    Há muita matéria aqui, muitas fotos e muitas situações. Também concordo com muitas coisas ditas, muito mais do que as que “discordo” ou fui mais crítico.

    Mas a minha pouca “luz” e desconhecimento dos factos, não estive lá, só me permite emitir também a minha opinião, também formada por relatos de terceiros.

    Quase que cada foto/comentário dava para uma página de blog.

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    Comentar por Mzonga — 13/11/2010 @ 8:04 pm

  15. Sr Mzonga

    De acordo com o seu último comentário. Creio que falta um relato e uma análise crítica detalhada do homem e da sua obra.

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    Comentar por ABM — 14/11/2010 @ 3:07 am

  16. O leitor que comentou em 11°lugar é cómico: quando pretende dizer LUXO, diz lixo. Não resta dúvida de que se trata de mais um canibal que viu frustrado o seu plano de almoçar com carne humana moçambicana. Não perdesse tempo em sujar teu blog ABM, bastava expressar sua raiva retida por falta do que fazer (porque a Machel, ele e os compatriotas colonialistas seus, sabe bem, não podia nem abrir a boca), que diga logo quantas manções ele perdeu em Moç., quantas padarias ficou sem elas, etc. Regressou para tuga um Zé ninguém, talvez nos primeiros 5 anos tenha vivido de esmola e lhe tenha sido cospido na cara pelos compatriotas tugas para lhe passarem um escudo de zombaria. Sei como é o tuga, tal e qual ele – humilharam-no.
    Quer saber? De Samora meu amigo, o mundo incluindo o Sr, tem medo. Nem se quer se propõe falar dele. Bola pa frente, quem sabe alguns tugas 3G te escutam e ajudam-te com o fardo da frustração. Nós não somos maus, endereçámos-lhe CONDOLÊNCIAS!

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    Comentar por mysticman — 17/11/2010 @ 9:03 am

  17. E possivel dizer de onde veem estes pinturas (Samora o grande lider e Samora no paraiso socialista)? Sou um estudante e queria apprender mas sobre a historia do Mocambique indepente.

    Alex

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    Comentar por Alex — 31/10/2011 @ 6:05 pm

    • Viva Alex, desconheço a origem precisa, no entanto suspeito que tenha vindo ou da China ou da Coreia do Norte, onde este tipo de imagens são muito comuns.

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      Comentar por ABM — 31/10/2011 @ 6:37 pm

  18. Samora foi um grande lider

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    Comentar por Arlindojose — 17/12/2011 @ 11:34 am

  19. Samora foi um grande líder, lutou pela libertação de Moçambique.

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    Comentar por Eudes Jaime — 03/01/2012 @ 12:40 pm

  20. […] Samora Machel, e os seus vinte anos na vida pública moçambicana, não são assunto fácil de descarnar. Quem […]

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    Pingback por SAMORA MACHEL REVISITADO: A PERSPECTIVA DE BARNABÉ LUCAS NCOMO « THE DELAGOA BAY BLOG — 29/02/2012 @ 10:05 am

  21. A História de Samora Machel ainda não está escrita. Porém, aho que o meu amigo ABM quis , em minha opinião, dar o seu contributo. Evidentemente que a análise histórica nunca tem apenas um olhar. Cada historiador tem a sua perspectiva dos factos. devemos ler e reflectir sobre várias. Em situações históricas que para muitos foi dolorosa é natural que surjam manifestaçoes “acaloradas”, no entanto, penso que os Homens e as Mulheres de bem nunca devem perder a elegância. Em situações históricas/limite há sempre vitimas inocentes quer sejam brancas, negras, amarelas ou mestiças, Por respeito a estas, os verdadeiros sofredores inocentes, façamos-lhes uma vénia, eram e são cidadãos anónimos, como sempre… Obrigada, António, pelo teu contributo. para quem pouco sabe, como eu, é um ponto de partida…Muito obrigada. Rosamaria.

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    Comentar por Rosa maria — 09/04/2012 @ 12:50 pm

  22. Obrigado pelas fotografias do Presidente Samora Machel, e diser que tudo aquilo que beneficia pouco tempo permanece.

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    Comentar por 8438112 — 16/11/2012 @ 7:46 am

  23. .A história de um determinado periodo de uma recém nascida nação e a de um indiscutível lider sem qualquer formação e experiencia de governação, não podem ficar reflectidas em uma dúzia de fotografias e meia dúzia de palavras. ABM o seu trabalho é pequenino mas bom. Não ofende ninguém e reflecte o que de facto se viveu naquela altura. Responsáveis pelo que se passou de mau para todos os negros, brancos e para o País? É fácil! Basta começar pelos gloriosos capitães e acabar no vendilhão de Lusaka. Atenção !!!!!! Fui preso pela primeira vez, dessa vez pela PIDE, tinha eu 16 anos e foi em 1962, por numa reunião da Associação dos Naturais de Moçambique, alvitrar a hipótese de independencia para a terra onde nasci, que amei e amarei até ao meu último dia de vida apesar de lá não viver.

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    Comentar por Carlos — 06/02/2013 @ 1:02 pm

  24. Estas fotografias trazem a nós que nao vimos o Estadista Samora Machel, uma retrospectiva, alguma ideia daquilo que representou e representa esta figura cá entre nós.

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    Comentar por Ibraimo Moises — 02/04/2013 @ 1:26 pm

    • Obrigado pelo interesse Ibraimo, tentei fazer um trabalho com uma forte componente visual, com o que consegui arranjar na altura. ABM

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      Comentar por ABM — 03/04/2013 @ 5:35 am

  25. ele foi um homem corajoso e capaz de defender a nossa patria nao so mas tambem nao ha comparacao possivel falando de africa em geral

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    Comentar por romao — 15/05/2013 @ 10:46 am

  26. O pai da nacao mocambicana samora machel foi mais que um profeta

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    Comentar por ramos alice fernando mucavele — 29/06/2014 @ 7:47 pm

  27. …é gratificante saber escrever a historia do seu pais. Ainda me anima quandn diz nao ter conhecido samora mas dele tens orgulho. Parabens!

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    Comentar por Tiberio A. Matola — 10/12/2014 @ 9:39 am

  28. Reblogged this on Museu AfroDigital – Estação Portugal.

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    Comentar por Pedro Pereira Leite — 15/07/2015 @ 3:56 pm

  29. a minha pergunta e depois do 1º congress o quem que hova

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    Comentar por amelia sside — 10/10/2015 @ 8:42 am

  30. Fenominal apanheia verdadeira historia dos conflitos na Africa autral em especial moçambique

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    Comentar por Inacio Alberto — 02/07/2016 @ 12:21 pm

  31. Sou de uma geração onde ouvia as pessoas falarem bem de Angola e Moçambique, vi-as regressar a Portugal em massa e por incrível que pareça nunca ouvi ninguém falar mal de Samora ou dos moçambicanos… mas sim dos nossos líderes portugueses que teriam entregue as colónias de “qualquer maneira”. Acredito que Samora tal como os restantes combatentes não estavam preparados politicamente e economicamente para levarem as suas utopias avante.
    Dito isto hoje estou a viver em Maputo, com todos os seus defeitos (e não são poucos) mas sinto que o propósito de Samora foi atingido mesmo que não plenamente. O país está “uno” mesmo com as escaramuças na Gorongosa e as pessoas não aparentam racismo e violência como na vizinha África do Sul. Samora foi um homem excepcional pois alguém que não tem formação / treino para liderar um país normalmente não deixa um rasto positivo.

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    Comentar por Rui — 20/10/2016 @ 5:03 am

    • Muito bem, Rui. Mas possivelmente não ouviste falar mal de Machel entre os que foram para Portugal porque não falaste com pessoas suficientes (ou seja, o teu “nunca” pode ser um pouco exagerado), ou porque as pessoas já estavam noutra e de qualquer maneira culpavam terceiros pela sua condição (os habituais – Mário Soares, Almeida Santos e Cia) e ainda porque muitos ainda tinham assuntos, amigos e família em Moçambique e não podiam dizer nada. Aquela foi uma fase demasiadamente complexa, traumática e violenta, para se poder afirmar que as pessoas diziam tudo o que lhes apetecesse. Obrigado por visitar o blogue. ABM

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      Comentar por ABM — 08/12/2016 @ 2:15 pm


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