THE DELAGOA BAY REVIEW

23/06/2011

UMA NOTA SOBRE OS CABRAL DE MOÇAMBIQUE

José Cabral, Governador-Geral de Moçambique, 1926-1938 e Governador do Estado da Índia, 1938-1945.

Este texto é decalcado de um comentário que fiz hoje num outro blogue onde escrevo.

José Cabral não deu apenas o nome ao parque que aliás ele mandou criar com base num pedaço da então Concessão Sommershield, e que hoje tem o nome de Parque dos Continuadores. Nem tão só à rua lá em Nampula ou a Vila Cabral.

Nunca o estudei atentamente. Mas o tenente-coronel José Cabral foi Governador-Geral de Moçambique entre 1926 e 1938, tendo apanhado em cheio com os efeitos da Grande Depressão mundial na então colónia. O advento da Grande Depressão em Moçambique trouxe com ele enormes pressões nomeadamente no mercado de trabalho, que tiveram contornos raciais graves e com enormes repercussões então e para o futuro.

Cabral foi em seguida Governador da Índia entre 1938 e 1945 (no que sucedeu Francisco Craveiro Lopes, pai de Nuno, que desenhou a Igreja de Santo António da Polana e foi Presidente da República) tendo aí apanhado em cheio com a II Guerra Mundial e em que Goa e Mormungão eram dos poucos portos neutrais disponíveis.

Não lhe conheço uma biografia, o que é uma pena.

José Cabral fez muita coisa. Refiro apenas algumas.

Uma foi que mudou o então Museu Provincial da Vila Jóia, desenhado para residência do cônsul Pott (e onde actualmente está sediado o Supremo Tribunal da República de Moçambique) para o edifício onde se situa, que era para ser uma escola primária mas que foi convertido para um museu, que se chamou Álvaro de Castro, nome de um anterior Governador-Geral. Com a Independência, o museu alterou a designação para Museu de História Natural, e muito ficou a dever ao Augusto Cabral, um seu descendente, que o dirigiu entre 1979 até à sua morte em 2006.

Este Augusto Cabral supostamente foi o patrono crucial do artista Malangatana quando este primeiro abordou as artes.

José Cabral conhecia Moçambique relativamente bem, pois, quando era capitão, fora nomeado Governador de Inhambane logo após a República ter sido proclamada em Lisboa, em finais de 1910. Nessa altura, presidiu à conclusão da linha férrea entre Mutamba e Inhambane e à construção da ponte-cais daquela cidade.

Foi José Cabral que assinou o Diploma que criou em 1936 (Nº de 26 de Agosto de 1936, com o entusiástico apoio do Eng. Francisco dos Santos Pinto Teixeira) a Direcção de Exploração dos Transportes Aéreos, a DETA, uma divisão dos Caminhos de Ferro de Moçambique, que, muitos anos mais tarde, se tornou na actual LAM. Efectivamente, esta foi a primeira linha aérea portuguesa.

Com o Diploma Legislativo Nº 238 e a Portaria Nº 1044 de 18 de Janeiro de 1930, assinados por José Cabral, foi criado pela primeira vez o ensino normal escolar para a população indígena de Moçambique – enfim uma versão básica do ensino dado em Portugal, muito baseado na visão (racialmente tingida, como era normal na altura) e trabalho de Solipa Norte, que ajudou a criar a primeira escola particular em Moçambique em 1898 e que fora, desde 1919, Inspector da Instrução Primária de Moçambique.

Com o Diploma Legislativo Nº 36 de 12 de Novembro de 1927, José Cabral redefine de forma muito mais abrangente o conceito previamente mais restrito de “indígena”, que fora e viria a ser alvo de enorme controvérsia, especialmente pela população mestiça das cidades (ver um trabalho interessante de Zamparoni sobre o assunto), conceito esse que foi essencialmente espelhado no Acto Colonial de 1930 e integrado em 1935 no texto da constituição portuguesa. Pelo meio, tricas sem fim, com Raúl Honwana, João Albasini e Karell Pott pelo meio, que acusavam os Cabrais de tentarem dividir negros e mestiços na luta pela igualdade racial (sobre o primeiro Augusto Cabral, ver em baixo).

O Governador-Geral de Moçambique pouco depois da sua tomada de posse.

Pouco após a sua chegada a Lourenço Marques em 1926, o Governador-Geral viu-se envolvido numa célebre luta com os interesses do alemão Hornung e a sul-africana WNLA pelo controle do negócio agrícola, muito ligado aos esquemas de exploração da força de trabalho nativa de Moçambique. Em resultado desse conflito, que envolvia a criação de um enorme projecto agrícola no Umbelúzi, e que perdeu, Cabral chegou a oferecer a sua demissão, o que não aconteceu.

Com o Decreto 16.119, em 1929, aboliu o chibalo. Para se perceber melhor porquê e para quê, veja-se a tese de doutioramento de Zamparoni, 1998. Aquilo naquele tempo era inacredtivável.

Há outros membros da poligonal Família Cabral que merecem referência.

Augusto Cabral

Um é o de António Augusto Pereira Cabral, que foi Secretário Civil do Governo de Inhambane (nomeado antes de José Cabral ter sido nomeado Governador de Inhambane) e que era creio que irmão deste. Em 1910 António publicou uma codificação dos usos e costumes das populações de Inhambane. Em 1915 foi nomeado Director de Serviços dos Negócios Indígenas, lugar que ocupou durante cerca de vinte anos seguidos e que ainda ocupava quando José Cabral foi nomeado Governador-Geral por João Belo, então o último Ministro das Colónias da primeira república, que conhecia Moçambique como as palmas da mão, tendo lá vivido cerca de trinta anos (após a sua morte súbita em Janeiro de 1928, o porto de Xai-Xai teve o seu nome).

Outro é o de José Cabral, nascido em 1952, e que é considerado um dos fotógrafos de referência de Moçambique, juntamente com o Ricardo Rangel e o Kok Nam. O Zé vive em Maputo, onde pratica a sua arte. De quem é filho não sei.

Decididamente, este é um assunto que daria quase um estudo de família. De uma família com uma ligação clara a Moçambique e que parece reflectir tudo aquilo que nos aconteceu de glorioso e de infame no século XX. Tópico não para uma nota de rodapé como esta mas para algo mais substancial.

41 comentários »

  1. Tens uma das netas do ‘senhor do parque’ entre os meus amigos do ‘FB’. E é uma grande mulher, a miúda que se sentava ao lado nas carteiras do liceu.
    Abraço,
    IO

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    Comentar por IO — 30/06/2011 @ 7:06 pm

  2. Caríssimo,

    O Coronel ( e não tenente-Coronel ) José Cabral é meu Avô, Pai da minha Mãe.

    O Augusto Cabral, Director do Museu de História Natural, é sobrinho e não descendente.

    Vou fazer uma recolha biográfica e logo mandarei por este meio.

    Melhores cumprimentos,

    José Luis Salema

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    Comentar por José Luis Cabral da Gama Lobo Salema,nascido em Lourenço Marques no ano Santo de 1950,filho de Luis da Gama Lobo Salema, nascido em Lourenço Marques, em 1907. — 04/10/2012 @ 3:56 pm

    • Meu bisavo 😊 sou neta jose manuel pereira cabral. Filha da tininha cabral e sobrinha do guta e do ze miguel fotografo…filha de jose queiroz da 8° companhia dos comandos. Ass.vera queiroz

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      Comentar por Vera queiroz — 04/04/2018 @ 6:51 pm

      • Olá Vera, Desculpa não ter respondido mais cedo.

        Como está a tua Mãe? Dá um grande beijinho meu. Que saudades dos gloriosos tempos de Magude!!!

        Devo conhecer o teu Pai mas a idade não perdoa.

        Um Beijinho

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        Comentar por José Luis Salema — 07/05/2018 @ 6:19 pm

  3. Na sequência do meu comentário anterior, junto envio um link do livro escrito pelo meu tio António Cabral, filho do Coronel José Cabral.
    Vai encontrar uma biografia muito completa do meu Avô e muitas outras coisa interessantes sobre o nosso Moçambique.
    Melhores cumprimentos,

    José Luis salema

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    Comentar por José Luis Cabral da Gama Lobo Salema,nascido em Lourenço Marques no ano Santo de 1950,filho de Luis da Gama Lobo Salema, nascido em Lourenço Marques, em 1907. — 04/10/2012 @ 4:11 pm

    • Ol Sr Jos Salema, fico imensamente grato pelas suas correes (procederei aos ajustes indicados) e peo que inclua o tal link que no veio com a sua segunda mensagem. ABM

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      Comentar por Antonio Botelho de Melo — 04/10/2012 @ 4:21 pm

  4. http://www.malhanga.com/flipbook/dicionario.nomes/#/10/zoomed

    Ups…esqueci-me do link, aqui vai.

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    Comentar por José Luis Cabral da Gama Lobo Salema,nascido em Lourenço Marques no ano Santo de 1950,filho de Luis da Gama Lobo Salema, nascido em Lourenço Marques, em 1907. — 04/10/2012 @ 4:12 pm

  5. http://www.malhanga.com/flipbook/dicionario.nomes/#/10/zoomed

    Folheie o livro e vá a Vila Cabral.

    Lá terá tudo.

    Bom fim-de-semana.

    José Luis Salema

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    Comentar por José Luis Cabral da Gama Lobo Salema,nascido em Lourenço Marques no ano Santo de 1950,filho de Luis da Gama Lobo Salema, nascido em Lourenço Marques, em 1907. — 04/10/2012 @ 5:06 pm

  6. Caro Botelho de Melo,

    Aqui lhe mando um resumo relativo à vida do meu Avô.

    O Coronel de Cavalaria José Ricardo Pereira Cabral, nasceu em Lamego a 10 de Julho de 1879.
    Foi aluno do Real Colégio Militar de 1889 a 1895 donde saiu Primeiro-Sargento Cadete.
    Fez o Curso da Arma de Cavalaria na Escola do Exército, para onde entrou aos vinte anos.
    Chegou a Moçambique em 1906.

    Condecorações:

    – Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, com Palma
    – Comendador da Ordem Militar de Aviz.
    – Grã Cruz da Ordem Militar de Cristo.
    – Medalha Militar de ouro da classe de Comportamento Exemplar.
    – Medalha de ouro comemorativa das Campanhas do Exército Português, com a legenda 1914-1918.
    -Grã Cruz da Ordem do Império Colonial.

    Estrangeiras:
    – Comendador da Ordem de St Michael e St George, concedida pelo Rei Jorge V de Inglaterra. 1919
    – Grande Oficial da Ordem de l’Étoile d’Anjouan, concedida pelo Presidente da República Francesa. 1939.
    -Cavaleiro ( Knight Comander ) da Ordem do Império Britânico concedida pelo Rei Jorge VI de Inglaterra, 1940. Com direito ao uso do título de “Sir”

    Cargos relevantes:

    Governador do Distrito de Inhambane ( 1910-1913 )
    Governador do Distrito de Moçambique ( 1916-1918 ) ( 1919-1920 ) – Como Governador do Distrito de Moçambique comandou as Forças Portuguesas durante parte da Campanha da I Grande Guerra.
    Neste cargo residiu, com a Família, no Palácio de S.Paulo da Ilha de Moçambique, onde nasceram alguns dos seus Filhos.
    Governador-Geral de Moçambique ( 1926-1938 )
    Governador-Geral do Estado da Índia ( 1938-1945 )

    Melhores cumprimentos,

    José Luis Salema

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    Comentar por José Luis Cabral da Gama Lobo Salema,nascido em Lourenço Marques no ano Santo de 1950,filho de Luis da Gama Lobo Salema, nascido em Lourenço Marques, em 1907. — 09/10/2012 @ 9:05 am

    • Jos Luis,

      Fico muito agradecido por esta nota, que vinda de um neto, sabe ao dobro…. o av Jos Cabral foi uma figura da histria de Portugal e de Moambique no Sculo XX, infelizmente muito mal estudado (inclusiv por mim) mas que a seu tempo ser valorizado em termos de quem foi e o que fez. ABM

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      Comentar por Antonio Botelho de Melo — 09/10/2012 @ 10:50 am

      • Meu caro,

        Eu que lhe agradeo a pacincia de fazer esta pgina de to boa qualidade.

        Abrao,

        Jos Luis

        2012/10/9 THE DELAGOA BAY BLOG

        > ** > Antonio Botelho de Melo commented: “Jos Luis, Fico muito agradecido > por esta nota, que vinda de um neto, sabe ao dobro…. o av Jos Cabral > foi uma figura da histria de Portugal e de Moambique no Sculo XX, > infelizmente muito mal estudado (inclusiv por mim) mas que a seu tempo > ser v”

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        Comentar por Joseluis Salema — 09/10/2012 @ 10:57 am

  7. Caro Botelho de Melo,

    Se quiser, posso mandar-lhe uma foto de corpo inteiro edevidamente fardado do meu Avô.

    Melhores cumprimentos,

    José Luis Salema

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    Comentar por José Luis Cabral da Gama Lobo Salema,nascido em Lourenço Marques no ano Santo de 1950,filho de Luis da Gama Lobo Salema, nascido em Lourenço Marques, em 1907. — 04/03/2013 @ 12:33 pm

  8. Sou neta do Irmão do José Cabral, Antonio Augusto Pereira Cabral, e filha do Fernando Cabral,( irmão mais novo do Dr. Augusto Cabral) a quem se devem muitas das obras do Museu de Historia Natural, e posteriormente do Aquario Vasco da Gama, em Lisboa, depois do 25 de Abril, refiro-me ao meu Pai, que tanto quanto me lembro começou a trabalhar no Museu antes do meu tio Augusto. Foi com muita alegria que vi este blog, partilhado por um dos filhos do Dr. Augusto Cabral, meu Tio. Da parte materna também tenho um grande envolvimento através do meu Avô Alberto Cotta Mesquita. Mas, essencialmente o que tenho é muito orgulho na minha familia (paterna e materna) de grandes Homens que amaram profundamente Moçambique, a minha terra de que tenho uma saudade imensa.

    A si um imenso obrigado, em meu nome e em nome dos meus irmãos e nossos descendentes, e certamente de todos os meus primos, filhos do Augusto, da Vanda e da Vera

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    Comentar por Rita Maria Cotta Mesquita Pereira Cabral — 29/07/2013 @ 7:54 pm

    • Obrigado Rita.
      Rita, irmã de Zé Pedro?
      ABM

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      Comentar por ABM — 29/07/2013 @ 8:13 pm

    • Cara Rita, boa tarde!

      Necessitava de saber o ano de nascimento e morte de Fernando Pereira Cabral. Trabalho no Museu de História Natural do Porto e estamos a escrever um artigo em que fazemos referência a Fernando Cabral e necessitávamos dessa informação. Será que nos pode ajudar? Já agora sabe se existe e onde posso consultar a biografia de Fernando Pereira Cabral?
      Desde já agradeço a atenção dispensada a este assunto.
      Atentamente,
      Helena Gonçalves

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      Comentar por Helena Gonçalves — 22/06/2022 @ 3:52 pm

      • Helena
        Há uma fotografia do Fernando Cabral num dos meus blogues. Encontrei-a nuns arquivos em….Washington. ABM

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        Comentar por ABM — 27/07/2022 @ 3:12 pm

      • Cara Helena, eu sou filha do segundo casamento do Fernando Cabral. So agora encontrei esta mensagem e imagino que ja seja tarde, mas se tiver interesse contacte-me no email windandsunphotography@gmail.com

        Mara Cabral

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        Comentar por Mara Cabral — 03/12/2023 @ 5:30 pm

  9. Caro Botelho de Melo,

    Primeiro agradecer-lhe por este artigo, excelente trabalho. Agora uma pequena pergunta: menciona uma estudo feito, seria possível ter acesso a este? Ficaria imensamente agradecido (nao imagina, adora historia, entao historia familiar ainda mais 🙂 .

    Aguardo uma resposta sua.

    Cordiais cumprimentos,

    Rui Cabral

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    Comentar por Rui Cabral — 29/07/2013 @ 8:54 pm

    • Rui, Obrigado pela nota, penso que aquilo a que se refere é um comentário dizendo que se devia fazer esse estudo…. ABM

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      Comentar por ABM — 29/08/2013 @ 9:35 pm

      • Caro ABM, o que me levou a mencionar o estudo foi que a uns tempos atras eu e outros membros da minha/nossa família fomos contatados por um historiador genealogista que estava a fazer um estudo sobre as famílias portuguesas em Moçambique, e dentre estas a família Pereira Cabral. Na altura fiz uma pequena pesquisa por google acerca do assunto e lembro-me que ele tinha feito tambem estudos sobre famílias Portuguesas em Macau assim como em outra eis colonias (se a memória nao me falha). So que o tempo passou e nunca mais soube sobre o estudo, que assumo que já foi publicado. So que nao me lembro nem do nome do senhor nem consigo encontrar o estudo online. E quando li este maravilhoso artigo pensei que talvez houvesse uma relação. Cumprimentos e obrigado pela sua resposta. Rui

        Liked by 1 person

        Comentar por Rui Cabral — 06/09/2013 @ 12:09 pm

      • O livro já foi editado e chama-se: Genealogias de Moçambique. O autor foi o Jorge Forjaz e é capaz de estar à venda na Gulbenkian ou na Fundação Oriente.
        genealogiasdemocambique@gmail.com.

        Abr José Luis Salema

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        Comentar por joslichinga — 02/06/2018 @ 10:02 am

  10. Sou neta de Antônio Augusto Pereira Cabral, sei que tem vários livros escritos, e estão todos na Sociedade de Geografia em Lisboa, sei e temos uma cópia do dicionário mais completo dos dialectos Moçambicanos recolhidos durante os anos que trabalhou como d!irector dos negócios indígenas. Muito de orgulha do trabalho deixado em Moçambique em benefício do nosso país. Tive um professor de história da fotografia, prof José Soudo, que foi a Mocambique, e ficou impressionado com o legado deixado por o meu tio Fernando Cabral, no Museu de história Natural, disse -me mais tarde, o seu tio era um visionário. E é um pouco que se sinto, pessoas que projectaram o futuro.

    Vera Cabral Esquível

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    Comentar por Vera Cabral Esquível — 15/10/2017 @ 9:30 am

    • Conheci o tio Fernando Cabral e os filhos, que não vejo há….50 anos. ABM

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      Comentar por ABM — 18/10/2017 @ 11:46 pm

  11. […] Para mais informação sobre os Cabral, ver aqui. […]

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    Pingback por ANTÓNIO AUGUSTO PEREIRA CABRAL | THE DELAGOA BAY WORLD — 15/05/2018 @ 12:43 am

  12. Só agora vi estes artigos sobre a Família Cabral, que gostei como habitualmente no que respeita à obra de António Botelho de Melo sobre pessoas e factos que contribuíram para a construção de Moçambique. Conheço e conheci bastantes dos seus familiares, alguns que infelizmente prematuramente já nos deixaram. Abraço para todos.

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    Comentar por franciscoduquemartinho — 15/05/2018 @ 8:44 am

    • bom… o meu pai, Augusto Júlio Pereira Cabral, tambem deixou dois livros publicados (um dos quais com o escritor mocambicano/ português Mia Couto) e também foi o introdutor e mentor do Malangantana, de entre artistas Moçambicanos (o qual se encontrava exposto na Galeria Tate em Londres, há cerca de 4 anos, ao lado de um dos trabalhos do Picasso). Abracos

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      Comentar por Rui — 01/06/2018 @ 10:19 pm

  13. Desculpem os erros acima, mas a “technology” deixa muito a desejar

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    Comentar por Rui — 01/06/2018 @ 10:23 pm

    • Olá Rui, verdade. Mas o “tehnology officer” aqui do blogue também é editor e corrigiu, espero que esteja bom. Seu Pai foi um grande Homem. ATenciosamente, ABM

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      Comentar por ABM — 01/06/2018 @ 11:26 pm

  14. Exmos. Senhores,

    A empresa Atlântico Press é uma agência portuguesa de Media, presente no mercado editorial há mais de 25 anos (www.atlanticopress.pt ), que se distingue na produção e distribuição de conteúdos editoriais para os mais importantes meios de comunicação social.

    No momento, estamos a desenvolver um projecto editorial, sobre a História do Dinheiro e dos Selos de Ex-colónias, e visualizamos no vosso Site, 1 imagem que temos interesse em colocar neste projecto.
    Por esse motivo, vimos contacta-lo para a aprovação de uso da mesma.

    O link da imagem: https://delagoabayword.wordpress.com/2011/06/23/uma-nota-sobre-os-cabral-de-mocambique/
    É a primeira imagem da página

    Se aprovarem a utilização da imagem, respeitaremos os créditos efectuando uma breve referência ao vosso site.

    Aguardamos o seu feedback com a maior brevidade possível.

    Melhores cumprimentos,

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    Comentar por Lídia Paulina — 17/08/2018 @ 3:46 pm

    • Olá. autorizado com prazer. Bom trabalho. Cumprimentos, ABM

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      Comentar por ABM — 17/08/2018 @ 4:26 pm

  15. Bom dia

    Tenho esta foto de Vera Pereira Cabral, que foi capa na revista “O Ilustrado”, de Lourenço Marques.
    Está relacionada com esta família?
    Podem localizar aqui: http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/OIlustrado/N21/N21_item1/P24.html
    Paulo Pires Teixeira

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    Comentar por Paulo Pires Teixeira — 25/09/2019 @ 4:54 am

    • Grande PPT! Obrigado, já fui ver. Abraço ABM

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      Comentar por ABM — 03/10/2019 @ 8:31 am

    • Essa miúda que está na fotografia é filha de Antônio Augusto Cabral, irmã mais nova de Augusto Cabral, e sobrinha de José Cabral, morreu em 2019 com 88 anos, todos os irmãos, Augusto, Fernando, Vanda e Vera já não estão entre nós, são todos da mesma família, Vera era a minha mãe.

      Um abraço

      Vera Cabral Esquível

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      Comentar por Vera Cabral Esquível — 26/07/2021 @ 11:35 pm

      • Olá Vera, obrigado pela mensagem que ajuda a entender as relações de parentesco entre a sua Mãe e o Clã Cabral. Ficou claro. Afectuosamente, ABM

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        Comentar por ABM — 27/07/2021 @ 10:54 am

  16. O Augusto Cabral, director do museu Álvaro de Castro, não era descendente de José Ricardo Pereira Cabral.

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    Comentar por Maria Margarida Cabral Bandeira de Lima — 14/11/2021 @ 5:19 pm

    • Bom dia,

      José Cabral foi Coronel , e não Tenente-coronel como eu já tinha informado anteriormente,algum tempo antes de ser nomeado Governador-Geral. Enquanto Governador-Geral usou, sempre, as três estrelas de General.

      Ainda hoje há uma rua José Cabral em Maputo. Lá para os lados da Malhangalene.

      O Augusto Cabral do museu pós independência era seu sobrinho.

      Nasceu em Lamego a 10 de Julho de 1879.

      Entre 1889 e 1895 frequentou o Real Colégio Militar, sendo graduado naquele último ano no posto de primeiro-sargento cadete. Ingressou seguidamente na Escola do Exército, onde conclui o curso de oficial da arma de Cavalaria[1].

      Em 1906 foi enviado para Moçambique, iniciando nos anos imediatos uma ligação à administração colonial que se manteria durante toda a sua carreira. Foi governador do Distrito de Inhambane (1910-1913), governador do Distrito de Moçambique (1916-1918 e 1919-1920), tendo nessas funções participado nas operações contra as forças alemãs da África Oriental Alemãno contexto da Primeira Guerra Mundial. Em 1926 foi nomeado governador-Geral de Moçambique, cargo que exerceu até 1938. Neste último ano foi nomeado Governador-Geral do Estado da Índia, cargo que exerceu até 1945.

      Foi o 100.º Governador de Moçambique (1926 – 1938) e o 124.º Governador da Índia (1938 – 1945). Durante seu governo na Índia, transcorreu a Segunda Guerra Mundial, no contexto da qual, apesar da neutralidade portuguesa no conflito, os portos do território foram utilizados pelas forças dos Aliados.

      Alguns dados são da Wikipedia que tem por base muita informação minha.

      Recebeu as seguintes condecorações:

      Comendador da Ordem Militar de São Bento de Avis (24 de Novembro de 1920) Oficial com Palma da Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito (6 de Fevereiro de 1922) Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo (21 de Maio de 1929) Medalha Militar de Ouro de Comportamento Exemplar (? de ? de 19??) Medalha Comemorativa das Campanhas de Ouro do Exército Português, com a Legenda 1914-1918 (? de ? de 19??) Medalha da Vitória Grã-Cruz da Ordem do Império Colonial (7 de Setembro de 1935) Foi ainda distinguido com as seguintes condecorações estrangeiras:

      Cavaleiro-Comendador Honorário da Distintíssima Ordem de São Miguel e São Jorge, concedida pelo rei Jorge V do Reino Unido (? de ? de 1919) Grande-Oficial da Ordem da Estrela de Anjouan de França, concedida pelo presidente da República Francesa (5 de Setembro de 1930) Cavaleiro-Comendador Honorário da Excelentíssima Ordem do Império Britânico, concedida pelo rei Jorge VI do Reino Unido (? de ? de 1940)[4]

      Com um abraço,

      José Luis Cabral Salema

      Enviado do meu iPhone

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      Comentar por joslichinga — 15/11/2021 @ 12:03 pm


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