por ABM (17 de Setembro de 2010)
Decorre desde ontem na Casa de Goa em Lisboa o III Encontro de Escritores Moçambicanos na Diáspora.
O evento é organizado por Delmar Maia Gonçalves e o CEMD, com o apoio da Embaixada moçambicana em Lisboa, a Casa de Goa e a Confraria do Vento Editora.
O programa é extenso e pode ser lido consultando a página do sítio Macua.
A sessão de abertura decorreu conforme planeado, lamentando-se apenas a ausência de Guilherme de Melo, um dos homenageados do dia (o outro foi o José Pádua, artista plástico).
De salientar os comentários do embaixador moçambicano, o genial e congenial Dr. Miguel Mkaima, um antigo ministro da Cultura, sobre os recentes distúrbios na capital moçambicana, tópico que interessou os que o ouviram dada a sua actualidade e originalidade.
Confesso que quando vi a audiência acima a minha primeira reacção foi “mas que branquidão vem a ser esta”. Mas certamente há-de haver razões para isso. Se calhar os escritores moçambicanos brancos vivem todos fora de Moçambique (todos menos o Mia, claro).
Hoje realizam-se duas conferências que prometem:
– uma em que participam nada menos que o João Craveirinha, o Renato Epifânio e o Joaquim Evónio (moderador: Delmar Maia Gonçalves) sobre essa coisa da lusofonia. A coisa promete.
-outra, a seguir, em que participam o pintor moçambicano Lívio de Morais (tema da sua alocução: “Moçambique ontem e hoje”), Ntaluma, Mingo Rangel, (moderador: Fernando Machado) e o bardo moçambicano de Almeirim e maschambeiro honoris causa, Carlos Gil, metamorfoseado para um look executivo, de fato e gravata, sem bigode, que preparou um texto intitulado Ser, sem sê-lo.
Vou tentar obter cópias do que foi lido, para os Maschambeiros ausentes poderem saborear o que foi.
As fotos roubei ao João Marques Valentim, a quem a casa agradece.