por ABM (24 de Novembro de 2010)
O Sr. Paulo Pires Teixeira, que em tempos idos jogava hóquei no Clube Ferroviário de Nampula ( nas fotos, é o miúdo vestido de branco), outro dia mostrou um conjunto de fotografias da Ilha de Moçambique, de que as que estão em baixo são apenas uma amostra. Foram tiradas há cerca de um ano.
Eu nunca visitei a Ilha de Moçambique, mesmo tendo tido a oportunidade, porque o que me dizem daquilo é desencorajador: que está uma desgraça, gente a mais, fezes ao ar livre, tudo em ruínas. Na minha mente, guardo as imagens das deslumbrantes fotografias a preto e branco do Carlos Alberto pai, tiradas nos anos 60 e 70, quando aquilo estava um brinco. E espero por melhores dias. Que tardam a vir.
Mais ou menos. Se o exmo. Leitor observar os registos em baixo do Paulo Teixeira, espero que descubra nelas a beleza e a história que eu vi.
Se há um ponto físico onde se fez a história de Moçambique, e de Portugal, foi ali na Ilha de Moçambique. Foi o ponto absolutamente nevrálgico para tudo o que se fez a partir do início do século XVI, rivalizando apenas com Goa, que por sua vez não se aguentaria sem esta praça na retaguarda.
Paulo Teixeira tem como objectivo fazer um trabalho sobre a Ilha, o seu passado, as suas gentes. Um projecto monumental, que deverá chegar aos dez volumes. É um projecto a médio prazo. Para tal, ele já obteve muitos dados em vários pontos do mundo (é desconcertante constatar que se calhar onde se encontra menos é na própria Ilha).
Para tal, ele gostaria de obter mais dados – testemunhos, fotografias de família, registos escritos, de quem tenha, ou tenha tido, ligações com a Ilha de Moçambique, ou quem saiba onde haja informações dignas de serem vistas. Deixo aqui o desafio ao eventual Maschambiano que tenha dessas coisas na gaveta lá em casa. O Paulo agradeceria. O contacto de correio electrónico dele é pptfdv50@gmail.com.
E em troca, em baixo, coloco algumas das suas fotografias, as que mais me seduziram.
São um encanto.