Refere o texto noticiário da Agence France Presse publicado hoje (traduzido por mim do texto original em inglês):
O Presidente moçambicano Armando Guebuza inaugurou o opulento novo complexo presidencial de gabinetes, construído pelos chineses, em Maputo, na sexta-feira.
“Queremos expressar a nossa gratidão ao governo da República Popular da China por criar as condições que permitiram a construção deste projecto”, referiu Guebuza durante um banquete.
O edifício de dois andares, pintado em côr de pêssego, situado em frente às águas azuis da Baía de Maputo, inclui candelabros de cristal, interiores forrados a mármore e uma sumptuosa sala de banquetes.
Por comparação, o vasto novo complexo torna minúsculo o anterior edifício [Palácio da Ponta Vermelha] com apenas um andar, onde Guebuza costumava receber personalidades estrangeiras.
Representantes do governo não divulgaram os custos com a sua construção, que foram financiados com um empréstimo feito pelo governo Chinês.
Durante um discurso que incluiu um brinde com champanhe, Guebuza considerou o edifício “outro testemunho da amizade e cooperação entre o povo de Moçambique e o povo da China”.
A Foreign Economic Construction Corporation, uma empresa chinesa, construiu o vasto palácio de dois andares em apenas dezoito meses.
A empresa estatal chinesa, que também construiu as novas terminais doméstica e internacional do Aeroporto de Maputo e um estádio desportivo[no Zimpeto], começou este mês a construção [no antigo Parque de Campismo da cidade, agora o Centro de Conferências Joaquim Chissano] de um hotel de cinco estrelas, com um custo estimado de 250 milhões de dólares americanos.
Com 71 anos de idade, Guebuza terá apenas meses durante os quais poderá usufruir o seu novo gabinete antes da eleição presidencial que se realizará em Outubro próximo. Ele reside na residência presidencial, situada ao lado do novo complexo.
No ano passado, Guebuza viajou até à China para obter fundos para projectos de infra-estrutura.
A maior parte das redes de electricidade, de caminhos de ferro e de estradas moçambicanas datam da era colonial, que terminou há quatro décadas, parte das quais foram destruídas numa guerra civil que durou 16 anos e que terminou em 1992.
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