Já outro dia falei sobre isto: mas afinal o que é que os portugueses sabem que os outros não sabem?
Ou, alternativamente: o que é que os outros sabem que os portugueses não sabem?
Segundo os dados destes senhores, que citam estes senhores (Crédit Suisse Economic Research), está em curso e à velocidade máxima, o que aparenta ser a fuga maciça de depósitos bancários dos cinco países que compõem a linha da frente da Desgraça Europeia (Itália, Espanha, Grécia, Portugal e Irlanda), enquanto que olhando apenas para dois, que são a França e a Alemanha (por enquanto, e cuidado que os dados são de há dois ou três meses atrás) o volume de depósitos está a subir significativamente. (ver TABELA 1).
No entanto, e só por piada, fui ver os dados mais recentes do Banco de Portugal para os depósitos bancários nacionais, e os dados até final de Dezembro de 2011 indicam uma subida significativa (ver TABELA 2), maior que nos tais outros países para os depósitos estão a subir.
Isto sugere que, enquanto que os depositantes da Espanha, Itália, Grécia e Irlanda estão a tirar ou a transferir o seu dinheiro dos bancos locais a toda a velocidade, os portugueses depositam mais do seu dinheiro nos seus bancos do que nos últimos anos, bancos cujas actuais notações de risco estão piores que um Fiat Panda em segunda mão com 150 mil quilómetros.
É fantástico.
Das duas umas: ou os portugueses lá sabem o que estão a fazer.
Ou quando o martelo bater, o estoiro vai ser de proporções épicas.
O mais provável é que a maioria não sabe como é que se abre uma conta lá fora.
Ou não entende o que se está a passar.
Qual será?
Vamos esperar para ver.
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